Projecto explicado com palavras do próprio Dr. José Roquete, passámos à prova dos vinhos, que foram acompanhados por enchidos e queijos alentejanos e um azeite da Quinta dos Murças que, por sinal, é muito bom.

Foram três os vinhos apresentados: Assobio 2009, Quinta dos Murças Reserva 2008 e Quinta dos Murças Tawny 10 anos.

Ainda antes da apresentação do filme, tive oportunidade de falar com David Baverstock, director de enologia do Esporão. Bebi das suas palavras as suas pretensões para o Douro e o perfil que quer nos vinhos das Murças (terroir, elegância).

O investimento foi grande e os resultados virão a pouco e pouco. Para já, ficamos com três vinhos muito bons, muito Douro.

Assobio, porque no alto do vinhedo o vento ao passar é isso que faz, assobia. Uvas de Touriga Nacional, Tinta Roriz e Tinta Barroca com cerca de 15 anos. 20% do lote estagiou em barricas novas de carvalho francês e americano. É um tinto muito apelativo, jovem, cheio de fruta elegante, especiarias e toque mineral. Boca de meio corpo, com boa frescura. É o chamado entrada de gama, bem feito, apelativo. Vai custar cerca de 7 euros. (89/100)

Um blend de várias castas com idade média de 40 anos. Pisa-a-pé em lagares de granito e estágio em barricas de carvalho francês e americano até ao engarrafamento, em Fevereiro de 2010.

Belíssimo vinho, cheio de fruta elegante, balsâmicos, toque fumado. Boca com bom corpo e muito fresca, cheia de elegância. Um excelente estreia, com um perfil requintado que agradará a muita gente. Estará no mercado a cerca de 20 euros. (92/100)

Um Tawny muito bem conseguido, com boa complexidade. Intenso, cheio frutos secos e um toque especiado, com uma grande frescura e amplitude na boca. Gostei muito. Perfeito para sobremesas com frutos secos. (91/100)